"Pra mim,a coisa é simples:O estudante não é um gerador de renda,e precisa se locomover. Isso, em qualquer cidade do país.Em lugares como Brasília ou Florianópolis,por exemplo,mais ainda. Nessas cidades, especificamente, fica a impressão que o pedestre é quase como se fosse um intruso. Nesse panorama,é preciso realmente que se normatize uma lei que possa atender essa justa e necessária reivindicação.Por isso, apoio o Movimento Passe Livre."
Marina dos Santos , Movimento dos Trabalhadores Sem Terra
“O MPL é um movimento social imprescindível não apenas para as batalhas travadas em defesa de um transporte público e de qualidade em nosso país, mas para a luta da classe trabalhadora em geral - porque caminha ao lado de movimentos sociais do campo e da cidade na perspectiva de construção de uma sociedade livre, justa e igualitária. Por um Brasil sem cercas e sem catracas!”
GOG, Músico
“Eu vejo brasilia como uma cidade que foi criada no sentido de não ter tensão social. É ai que eu vejo que é muito importante o Movimento Passe livre, com essas discussões que ao mesmo tempo são contemporâneas elas são das antigas né. Enquanto agente tá falando de uma certa liberdade, hoje o MPL já fala de "olha vamo colocar como algo que a população tem direito sem pagar. Transporte livre, cem porcento gratuito. (...) É preciso ter opiniões e ações de coragem . O transporte livre, a livre caminhada de pessoas, de seres humanos é o que é essencial para a humanidade.”
Rita Laura Segatto, Antropóloga
“Em celebração da votação do Passe Livre pela Câmara Legislativa, hoje, 23 de junho de 2009. A capacidade de ir e vir é a metáfora maior de toda liberdade. Que maior lição de autonomia, que maior aula de responsabilidade, que a garantia de que os jovens possam praticar, soltos e livres, desimpedidos, a capacidade de ir e vir? Acaso não era precisamente a liberdade de ir e vir o que o argumento liberal afirmava ser o maior dos benefícios de um mundo democrático? Celebro então que a nossa cidade tenha aberto a porta dos ônibus, de outra forma proibitivos, caros, inacessíveis como nunca foram antes nem o são em muitas outras cidades do mundo, para que esses transeuntes do amanhã aprendam o delicioso gozo do passeio, da exploração do mundo, do encontro com os outros num cruze de caminhos, numa parada qualquer. ”
Thaide, Músico
"Eu sempre digo que antigamente, principalmente na década de 70 e, quando eu comecei a me perceber, na década de 80 e tal, a gente tinha uma redoma de vidro na periferia. Pelo menos no bairro onde eu morava. A gente tinha uma redoma. A gente achava que a gente poderia chegar até um limite da cidade e de lá voltar. Então era: de casa pro trabalho. Do trabalho até aquele limite e voltar. Ta entendendo? Através do HIP HOP a gente descobriu que não existe limite. Você tem o direito de avançar aquele ponto que você ia sempre. Você tem direito. Entendeu? Porque tem direito? Porque são ruas, são vias públicas. São praças. E você é um cidadão daquela cidade. Entende? Na verdade deveria todo mundo ser cidadão do mundo. Não deveria ter essa divisão, mas tem. Infelizmente. Então, se a gente tem o direito de ir até aquela cidade, até, quer dizer, passar aquele ponto que a gente ia. Se a gente trabalha, se a gente vive nessa cidade, se a gente nasceu nessa cidade, se nós somos cidadãos paulistanos. Então quer dizer que a cidade é nossa. Então os pontos públicos também é nosso. Então a gente vamos usar esses pontos públicos. Vamos usar esses lugares públicos pra poder mostrar o que a gente sabe fazer."
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